Se você pudesse escolher um superpoder, que tal… ser invisível?
Bem, infelizmente, não podemos realizar o seu desejo. Mas, podemos te contar que existe, sim, algo invisível na sua vida.
Seus gastos.
“Como assim, EMPRESTA?”
É verdade. Você tem gastos invisíveis no orçamento e por isso (também) que o seu salário não sobra.
Muita gente costuma culpar a enorme quantidade de impostos, o alto preço dos serviços e produtos (poxa, café). Mas, o problema não é só esse.
Também falta educação financeira. No geral, o brasileiro não sabe se organizar e tem gastos invisíveis que ocupam alguns espacinhos do orçamento.
Vamos continuar a leitura para você entender melhor sobre o que estamos falando.
O que são gastos invisíveis?
“Mimos” ou “pequenos luxos da vida adulta”. Na linguagem moderna, é assim que podemos definir os gastos invisíveis.
Mas, eles também são conhecidos como aquelas despesas pequenas, recorrentes ou desnecessárias que passam despercebidas no dia a dia. Porém, no final do mês, representam uma fatia considerável dos seus ganhos.
Quem leva o seu dinheiro a sério, costuma fazer um planejamento financeiro. No geral, essa planilha inclui diversas contas mensais, como: energia, água, internet, aluguel, financiamento, mensalidade escolar, custos de um veículo, plano de saúde, entre outros.
Porém, ninguém tem o hábito de reservar um pouco de dinheiro para os gastos invisíveis, justamente por serem pequenos, recorrentes ou desnecessários. Então, eles se tornam um hábito.
Por exemplo, pedir um carro por aplicativo porque você está atrasada. Mas, como você vive atrasada, ir de carro se tornou um hábito e não um mimo ou necessidade. No fim do mês, você gastou todo o vale-transporte com carros por aplicativo e vai ter que ir de ônibus (pagando do seu bolso).
Além desse exemplo, existem muitos outros tipos de gastos invisíveis que sabotam o orçamento das pessoas.
Quais são os gastos invisíveis mais comuns?
Em geral, são valores que você nem sempre anota ou inclui no seu planejamento financeiro. Eles não aparecem no topo da fatura, nem nas suas grandes decisões. Mas estão ali, invisíveis na sua carteira.
TAXAS BANCÁRIAS E ANUIDADES DE CARTÕES DE CRÉDITO
São valores que os bancos cobram pela “manutenção” do serviço oferecido a você. Muita gente paga por achar que é obrigatório e não tem jeito para reduzir, mas, não é bem assim…
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ASSINATURAS DE STREAMINGS DE FILMES E MÚSICAS
“Ah, mas eu assisto vários filmes, ouço diversas músicas, não é um gasto invisível”.
Bem, você tem razão. Mas, você tem mais de duas assinaturas de streamings? Você consegue consumir todas?
Individualmente, elas não custam caro e são uma ótima alternativa para quem não tem condições financeiras de passear todo final de semana. Mas, juntando o valor de todas as assinaturas que você não consegue usar, se torna um custo a mais no seu orçamento.
APLICATIVOS DE TRANSPORTE
O “novo clássico da vida moderna”.
Apesar de muito úteis para determinadas situações, como dias de chuva ou para ir a lugares sem estacionamento, o uso constante pode afetar o orçamento, deixando faltar dinheiro para outras contas importantes.
DELIVERY DE COMIDA OU ALMOÇAR FORA
Você sabia que as marmitas estão na moda de novo? Além de saudáveis, são uma ótima opção de economia!
Infelizmente, nem todo mundo pensa assim e ainda prefere almoçar fora nos dias que vai trabalhar presencialmente. Ou, pedir comida.
É necessário refletir que, além do custo da comida em si, você também está pagando pelo serviço de quem fez, pelos custos do restaurante, pelo combustível do entregador e pela taxa da máquina de cartão de crédito.
Tudo isso é gasto invisível.
MULTAS POR ATRASO DE PAGAMENTO
Quando falta dinheiro para pagar todas as contas (porque você teve gastos invisíveis), o jeito é pagar atrasado. Então, surgem multas por atrasos que também se tornam gastos invisíveis. Uma verdadeira bola de neve…
Mas, existem outros tipos de gastos invisíveis:
- Ofertas de supermercado
- Gastos por impulsos
- Período de teste gratuito
- Café da manhã na rua
- Frete grátis acima de X valor
Como identificar os gastos invisíveis?
O primeiro passo é mapear todos os gastos – principalmente os menores valores:
- Use um app de controle financeiro
- Revise a fatura do cartão e extrato bancário
- Anote todas as despesas durante uma semana
- Procure por cobranças automáticas ou assinaturas que você não usa mais
- Reflita: “eu realmente preciso disso?”
Como cortar ou reduzir essas despesas?
Apesar de invisíveis, as soluções são muito reais:
- Cancele o que você não usa (ou usa muito pouco)
- Substitua hábitos caros por alternativas mais econômicas
- Negocie tarefas e pacotes com bancos, operadoras ou serviços
- Evite parcelar compras pequenas
- Estabeleça um valor semanal em dinheiro vivo para pequenas despesas (ver o dinheiro físico sair ajuda a controlar)
Eliminar os gastos invisíveis não é sobre “parar de viver”, mas sim aprender a usar o dinheiro com mais intenção. E, quando bem utilizado, até o crédito pode ser um aliado nessa jornada.
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