Investir ou empreender: tudo o que você precisa saber para escolher o melhor caminho

Investir ou empreender? Essa pergunta tem ecoado na sua mente há muito tempo?

Dados da 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais em parceria com o Datafolha, mostram que mais brasileiros estão investindo em produtos financeiros: houve um aumento de 31% da população, em 2021, para 36% em 2022 (acréscimo de 8 milhões de pessoas). Os mesmos dados indicam que o maior impulso para esse crescimento veio da classe C: de 29% para 36%. 

Já o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizado pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), revelou que mais de 93 milhões de brasileiros estão envolvidos com o empreendedorismo (67% da população adulta).

Quer você escolha investir ou empreender, com certeza não é uma escolha fácil. Mas, com muita análise sobre as perspectivas de ambas as áreas, certamente você conseguirá tomar a melhor decisão!

Continue a leitura para escolher o melhor caminho para você: investir ou empreender.

INVESTIR 

“Investir é um jeito de fazer o dinheiro trabalhar para você”. 

Sim, essa frase resume bem o ato de investir. No entanto, conhecer o mercado financeiro a fundo é a principal maneira de conseguir um bom retorno financeiro com as suas aplicações.

Em primeiro lugar, um investidor não tem um horário fixo de trabalho e nem se preocupa com capital de giro, divulgação de serviços ou abertura de empresa. O gerenciamento dos investimentos e acompanhamento dos resultados pode ser feito diariamente.

A pesquisa de mercado e expertise sobre o mercado financeiro são as chaves para ter sucesso em suas aplicações. O que você precisa saber?

• As principais modalidades de investimento
• O dia a dia do mercado financeiro (acompanhar as notícias)
• Quais são as instituições mais confiáveis e os produtos mais rentáveis

Onde investir?

• Letras de Câmbio (LC)
• Depósitos na poupança
• Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
• Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
• Certificados de Depósito Bancário (CDB)

Todas essas aplicações são de renda fixa de baixo risco, portanto, a rentabilidade é menor e as chances de você perder dinheiro também. Já a renda variável tem retornos melhores em pouco tempo e oferece mais risco de perda de dinheiro devido às variações nos preços das ações.

Perfil de investidor

O retorno financeiro de cada investidor depende dos investimentos realizados. Por isso, é preciso investir conforme o seu perfil:

Iniciante – busca conhecimento para poupar e proteger seu dinheiro, e quer aprender sobre os investimentos disponíveis. Não quer correr riscos e não se importa com baixa rentabilidade.

Conservador – Possui visão de médio prazo, com a possibilidade de sacar parte dos recursos no curto prazo. Tem carteira de investimentos em renda fixa, com menor rentabilidade e mais segurança. Prefere não se arriscar.

Moderado – Não se importa em assumir riscos. Tem mais flexibilidade na escolha de seus investimentos. Possui perspectiva de longo prazo e mescla suas aplicações em renda fixa e variável.

Experiente – Prefere investir em produtos que podem gerar mais rentabilidade, mesmo com riscos. Busca retorno de longo prazo, mesmo que perca dinheiro pelo caminho. Aplica parte de seu patrimônio em ativos de renda variável, como fundos imobiliários e ações.

Vantagens e desvantagens de investir

• Negócio de risco
• O dinheiro trabalha para você
• Acúmulo de patrimônio ao longo do tempo
• Necessário ter controle emocional para evitar erros
• Quanto mais dinheiro investido, mais retorno desse dinheiro
• Demanda muita atenção e análise na escolha das aplicações
• Exige menos tempo e dedicação do que ter um negócio próprio
• A rentabilidade de um investimento pode cobrir a perda de outro

EMPREENDER

Se durante a sua reflexão entre investir ou empreender, você escolheu o empreendedorismo, saiba que essa área é sinônimo de “arregaçar as mangas” e trabalhar!

A vida do empreendedor exige muita dedicação, acompanhamento das mudanças do mercado, análise do comportamento dos clientes e um dom para vendas.

Afinal, diferente do investidor, o empreendedorismo exige relacionamento com o público, muitas horas de trabalho ao longo do dia, contratos com fornecedores e funcionários, pagamento de contas e, literalmente, ser seu próprio patrão.

Um empreendedor atua para gerar dinheiro, com a função de construir e manter uma empresa. Todo o seu tempo e dinheiro são dedicados para melhorar a empresa e fazê-la crescer.

O patrimônio de um empreendedor cresce na medida que a sua empresa passa a ter ganhos e se torna bem administrada.

O primeiro desafio de um empreendedor é saber qual tipo de empresa abrir. É preciso saber vender, entender de administração e finanças, dispor de mão de obra qualificada, ter uma reserva de emergência.

Empreendedorismo por necessidade

Muitas pessoas entram para o mundo do empreendedorismo porque não tem outra opção. Portanto, este modelo é considerado empreendedorismo por necessidade.

Geralmente, a abertura destes negócios é motivada por desemprego, renda insuficiente ou más condições de trabalho. Então, a única solução encontrada é trabalhar de forma autônoma.

Porém, muitas pessoas se veem diante de uma questão que vamos abordar no próximo tópico:

Como financiar meu negócio?

Após analisar o seu ramo de negócio, suas economias e o seu perfil de empreendedor, você faz uma avaliação se inicia o seu negócio com a ajuda de um investidor ou via empréstimo.

Investidor-anjo – Empresário, executivo ou profissional liberal que entra na empresa para agregar valor, garantir uma rede de relacionamentos, compartilhar seus conhecimentos de negócios. Dedicam seu tempo e recursos para dar um up na fase inicial do projeto.

Geralmente, o ticket médio de um investidor-anjo é de R$ 10 mil, em troca de ações ou cotas da empresa.

Empréstimo – Crédito concedido por instituições financeiras ou organizações que atuam no mercado financeiro.

Pensando nas despesas de abertura da empresa + compra de equipamentos + aluguel do ponto comercial, o valor das parcelas não podem passar de 25% do lucro líquido esperado, tendo em vista o percentual de ganho dos primeiros seis a oito meses de vida da empresa.

Vantagens e desvantagens do empreender

• Estabilidade financeira
• Mais autonomia de gestão
• Sentimento recompensador
• Mais flexibilidade de horários
• Reconhecimento no mercado
• Gestão da sua própria empresa para ganhar cada vez mais
• Trabalhar em uma área que ama, tem interesse ou afinidade
• Garantia de menos incertezas do que empregos ou investimentos
• A rentabilidade pode demorar, segundo o tipo de negócio escolhido

SAIBA MAIS -> ‘Shark Tank Brasil’: empreendedorismo ou investimento?

Investir ou empreender? Essa pergunta que tem ecoado na sua mente há muito tempo, já está indo para um caminho só?

Ótimo! Agora que você já se decidiu entre investir ou empreender, temos mais duas dicas de conteúdo: Tudo que você precisa saber antes de começar a investir e  Linhas de crédito: a solução para tirar o seu projeto do papel.

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