Desde o final de 2023, os economistas de qualquer jornal não param de falar de um assunto: a Taxa Selic.
Não é para menos. Entre março de 2021 e agosto de 2022, foram 12 aumentos consecutivos, elevando a Taxa Selic para 11,75 pontos percentuais e atingindo um dos patamares mais altos dos últimos 20 anos.
Então, a Taxa Selic passou 12 meses inalterada em 13,75%, sendo o nível mais elevado desde outubro de 2026.
O ano de 2023, então, ficou marcado como o início do ciclo de quedas da Taxa Selic, fazendo-a se tornar manchete nos jornais todos os dias.
Mas, afinal, o que é a Taxa Selic?
Continue a leitura e confira tudo sobre o comportamento da Taxa Selic agora em 2024.
Como funciona a Taxa Selic?
A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo COPOM a cada 45 dias, podendo influenciar nas demais taxas de juros no país.
É o sistema do Banco Central que registra operações relacionadas aos títulos da dívida do governo, sejam as emitidas pelo Tesouro Nacional ou títulos comprados e vendidos por instituições financeiras.
Esses títulos são certificados de dívida, que o próprio Governo emite e vende através da Selic. Então, grandes instituições financeiras acabam comprando esses títulos. Afinal, de acordo com a lei, essas instituições têm que depositar uma parcela dos depósitos recebidos no dia, no BC.
Assim, a quantidade de dinheiro em circulação é controlada e o aumento da inflação é evitado. Além disso, a Selic tem influência nas taxas de juros da economia e nos rendimentos dos investimentos de renda fixa.
Como a Taxa Selic é definida?
O COPOM define a Taxa Selic a cada 45 dias, quando se reúne para avaliar o cenário econômico e os próximos comportamentos da taxa. Ou seja, se ela vai subir, cair ou permanecer igual.
Para essa avaliação, o COPOM analisa indicadores financeiros, tendo a inflação como foco principal, além do movimento do dólar, renda da população, etc. Dessa forma, é possível saber o nível da inflação no país.
Taxa Selic em 2024
Atualmente, a Taxa Selic está em 11,25%, tendo caído 0,5 ponto percentual na última semana de janeiro.
O recuo começou em agosto de 2023, sendo essa a 5ª queda na taxa básica de juros.
Ainda para esse ano, especialistas acreditam que o Governo busca um déficit zero, com um equilíbrio nas contas públicas, sem resultados negativos ou positivos.
O COPOM ainda prevê novos cortes na Selic nos próximos encontros. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz o comunicado do Comitê.
Vamos falar de investimentos?
A Taxa Selic é a principal referência para as linhas de crédito em geral e, quando está em alta, faz com que empréstimos e financiamentos fiquem mais caros. Sendo assim, as instituições financeiras tendem a cobrar mais juros.
Como neste momento a Taxa Selic está baixa, especialistas enxergam este como o momento ideal para investimentos.
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